QUEM SOMOS
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QUEM SOMOS
A Associação Terra Bhumi, extensão do Restaurante Gosto Superior, é uma iniciativa de responsabilidade social e ecológica, que visa retribuir à Terra e à terra, todas as dádivas que estas nos oferecem, criando assim um circulo virtuoso e pagando o nosso débito com o planeta dissipando as nossas pegadas ecológicas.
QUEM SOMOS
MISSÃO &
PROPÓSITO
Queremos ser um projecto piloto e um laboratório de experiência das várias formas de agricultura, regeneração de solos e ecosistemas, documentando as mesmas e à procura do melhor tipo que se enquadre e adapte-se à nossa região e localização.
Queremos produzir produtos de elevada qualidade e ao mesmo tempo criar um processo de regeneração do terreno (simbióticos entre si, respeitando e criando biodiversidade), alargando assim o leque de opções de sabores e sensações nos pratos do restaurante. Queremos proporcionar às pessoas (clientes do GS e não só) a oportunidade de experimentar, saborear e viver experiencias em contacto com a Natureza.
Queremos interagir o máximo possível com a comunidade envolvente, criando emprego, awareness e um exemplo viável de cultivo agro-ecologico.
Queremos partilhar e atrair pessoas afins através de workshops, divulgados no GS e no Facebook do mesmo, criando assim uma rede de pessoas interessadas e que possam fazer parte do processo de construção deste projecto.
DESIGN EM
PERMACULTURA
O projecto Bhumi usou os princípios de design em Permacultura para planear e concretizar os sonhos do projecto.
Com a consultoria do Yassine Benderra (projecto agro-ecológico do Soajo) foi criado um desenho do espaço e tem-se vindo a implementar e gerir as várias fases e áreas de intervenção.
É importante entender que o desenho do projecto é contínuo e moldável às observações e análises feitas durante o processo de construção, implementação e manutenção do projecto. Vamos fazendo os ajustes perante as necessidades, capacidades e possibilidades do projecto.
A permacultura é um sistema de desenho fundado em éticas e princípios que podem ser usados para estabelecer, desenhar, coordenar e melhorar todos os esforços feitos por indivíduos, lugares e comunidades que trabalham para um futuro sustentável.
O centro da permacultura está nos três princípios éticos: cuidar da terra, cuidar das pessoas e partilha justa. Eles formam a base do design em permacultura e também se encontram na maioria das sociedades tradicionais.
As éticas são mecanismos que evoluem culturalmente regulando os interesses individuais, dando uma melhor compreensão dos resultados bons e maus. Quanto maior o poder da civilização humana, mais critica se torna a ética para a sobrevivência cultural e biológica.
Os princípios de desenho em permacultura são ferramentas para perceber, que quando usadas todas juntas, nos permitem desenhar nosso entorno e nosso comportamento num mundo de baixa energia e recursos.
Estes princípios são universais, alguns dos métodos usados para expressá-los variam muito de acordo com o lugar e situação. São relevantes para nossa re-organização pessoal, econômica, social e política
ÁREAS DE
AÇÃO
Horta
Este projecto consiste na implementação de uma horta em modo bio-intensivo que abastece a nível hortícola o restaurante Gosto Superior, seguindo ao máximo e sempre que possível a corrente teórica e práctica da Agroecologia, pelo que se minimizará progressivamente e na medida do possível o uso de máquinas agrícolas poluentes.
Em modo bio-intensivo significa que se practica uma agricultura orgânica, contínua e muito intensa. Por exemplo as plantas colocam-se juntas para que se cobram, protejam e se deem sombra, favorecendo a retenção de água no solo e evitando que cresçam as plantas adventícias.
Os princípios fundamentais do modo bio-intensivo são: cultivo (preferencialmente) em camas, fabrico e uso de compostagem, sementeiras muito próximas, associação e rotação de cultivos, uso de sementes de polinização aberta, cultivo para a produção de compostagem e geração de carbono, mistura de novas técnicas com as tradicionais e locais do sitio, e o cuidado integral e integrado de todos os princípios.
Projecto orientado por Eveline (Núcleo de Agroecologia do Campo do Gerês)
Pomar misto
Criação de um Pomar misto com a característica principal de produção de maçã, durante o ano, para fornecer as necessidades da cozinha do restaurante.
As variedades foram selecionadas tendo em conta o seu gosto e uso culinário, a sua resistência a doenças e pragas, e o seu tempo de colheita durante a época de produção e de conservação. A disposição das árvores em linhas tem como objectivo facilitar os trabalhos necessários do pomar. As plantas estão escalonadas por época de colheita para facilitar o trabalho.
A proposta é criar um pomar que tenha diversidade onde se inclui outras fruteiras, cobertura de solo diverso entre linhas e plantação de plantas auxiliares nas linhas entre as fruteiras.
A implementação de Arbustivos de frutos moles no Pomar, é pensada a prover matéria-prima de uma forma escalonada e tendo em vista as necessidades de consumo.
Tecnicamente é feita de forma a aproveitar os espaços “vazios” das linhas onde foram implementadas as árvores, de forma a optimizar o espaço e ao mesmo tempo a enriquecê-lo, numa visão mais sintrópica de funcionamento dos ecossistemas.
A importância das implementações destes tipos de Pomares, apelidados por nós como “Pomares Integrais”, recai na diversidade e riqueza oferecida os ecossistemas, sempre abertos a novas aportações biotipas a inserir no mesmo espaço.
Projecto implementado e acompanhado por: Quinta dos Sentidos, Núcleo de Agroecologia do Campo do Gerês, Projecto Agro-Ecologico do Soajo.
Agrofloresta de sucessão
Criação de uma agro-floresta de sucessão de produção principal de macieiras, seguindo os princípios da agricultura sintropica e da sucessão natural de um ecossistema florestal produtivo.
O Sistema Agroflorestal de Sucessão, também conhecido como Agricultura Sintrópica, foi desenvolvido pelo suíço Ernst Götsch, inspirado na forma como as florestas se desenvolvem, e é hoje uma das técnicas de plantação mais viáveis do ponto de vista ambiental, social e económico. O plantio é feito de forma sincronizada com espécies agrícolas (hortícolas e frutíferas) e espécies florestais. A plantação em alta densidade e diversidade só é possível graças à utilização de espécies de ciclo de vida curto, médio e longo, ocupando todos os estratos de uma floresta (rasteiro, baixo, médio, alto e emergente). Respeitando estes princípios optimiza-se o aproveitamento da luz do sol, dos recursos hídricos e garantem-se plantações agrícolas mais produtivas.
Existe um protocolo de colaboração entre o Projecto Bhumi e a Reflorestar Portugal, com objectivo de usar o espaço para um projecto piloto.
Espaço Compostagem
Ter uma zona no terreno onde se possa fazer a transformação de material orgânico em composto, adubo e fertilizantes. Podendo assim provir a terra e ser mais auto suficiente em composto para as zonas de produção.
Também se usará este espaço para partilhar o como fazer compostagem através de formações e oficinas.
Yurt e Cozinha
São os espaços do terreno onde se fazem as refeições e oficinas.
Sanitários secos
Estes sanitários têm como objectivo final a produção de, composto e fertilizante líquido, e redução do uso de água.
Água e os seus sistemas
Armazenamento de água de levada e do furo
Objectivo é captar o máximo de água da levada para poder ser utilizada tanto na rega como para uso doméstico.
Sistema de tratamento de águas cinzas.
Objectivo é usar a água da cozinha e banhos para alimentar plantas que possam crescer vigorosamente com estes nutrientes e assim depurar a água.